Agora entendemos melhor a urgente intervenção dos ministros Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski no sentido de interromper as investigações da corregedora Eliane Calmon do CNJ. Eles atenderam o pedido do Presidente Henrique Calandra da Associação dos Magistrados Brasileiros. Aliás seu nome vem a calhar, pois calandra é uma máquina muito versátil, que entre outras coisas, serve para enrolar sob pressão. Essa pressão se fez sentir sobre a corregedora, que não se vergou, ao contrário, andou vergando até intocáveis do STF, que atendeu os reclamos de uma associação e não de um órgão público. O presidente Calandra disse “Duas coisas precisam ficar claras. Primeiro, não somos contra nenhuma investigação... Não tem caixa-preta no Judiciário. Há erros. É por isso que foi criado o CNJ”. Resumindo acha que o CNJ tem como função investigar, desde que não investigue certas pessoas que estão acima da República. Esse é o ponto, o CNJ foi criado justamente para investigar casos das instâncias superiores de nossa Justiça, os erros e coisas mais escabrosas como o mostrado na Folha de hoje, em que o juiz José Reynaldo Peixoto de Souza que recebeu benefícios por quase 30 anos em que era simples advogado, antes de ser nomeado desembargador. Segundo o presidente da Associação Paulista de Magistrados, Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, o pagamento tem como base uma interpretação da Loman (Lei Orgânica da Magistratura). Ah bom, desceu vários degraus, não é mais na Constituição é na Loman. Assim eles vão “lomando” e nós remando contra a maré de benefícios e seus milhares de beneficiários, vamos bancando a conta. Que saudades dos idos de 1964.
*rieder@uol.com.br para: 'leitor@uol.com.br', via resistência democrática.
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