Carta dirigida a diretora de Jornalismo da CBN:
(...)
Hoje pela manhã, ouvindo a CBN, tive a descontentamento de escutar a vociferação do ex-padre Leonardo Boff, colérico incontrolável, assacando contra o Supremo Tribunal Federal, seus ministros e as decisões prolatadas no processo 470, conhecido como mensalão.
Embora ferrenho adepto de liberdade na imprensa, entendo que o limite da informação jornalística se estende até o bom senso, mesmo com o problema da relatividade, a terminar no amplo predicado da prestação dos serviços de informações, sem dar agasalhos a agressões. A CBN não é serviço de alto-falantes e tem alcance nacional.
A entrevista nada mais foi que um figurativo empréstimo de caixote para, como em praças públicas, servisse para ascender do chão um interlocutor a espargir suas frustrações, cubanas ou bolivarianas, em relação ao que vem ocorrendo no julgamento dos “inocentes petistas”, bandeira que o ex-serviçal da igreja não esconde debaixo das vestes.
O ódio demonstrado e a tentativa de inocular nos ouvintes o desespero radical contra o Tribunal chegou a proximidade mínima do paroxismo histérico, e penso que uma emissora plural não deveria acolher tais aleivosias dramáticas e ilustro minha opinião com os argumentos abaixo, colhidos de terceiros, endossando-os e aplaudindo-os, não sem antes informar os encaminhar ao Ministro Lewandowisk, via internet.
Com meus agradecimentos pelos momentos de atenção.
*Camilo Viana-Belo Horizonte- por e-mail, via Grupo Resistência Democrática.
ARGUMENTOS: Senhores, não existem filmes, fotos, nem testemunhas de Hitler abrindo registro de gás em campos de concentração, nem apertando o botão de uma Bomba V2 apontada para Londres, pilotando um caça Stuka, dirigindo um tanque Panzer, disparando um torpedo de um submarino classe U-Boat sobre seu comando a navegar no Atlântico ou mesmo demonstrando habilidades no manuseio de um canhão antiaéreo Krupp, manipulando uma metralhadora MP40, uma pistola Walther P-38 ou simplesmente dirigindo um jipe Mercedez Benz acompanhado do general Von Rommel pelos desertos do norte da África.
Por isto, parece claro que não existe nada a incriminá-lo. Com certeza, ele não sabia de nada. Não via nada. A oposição diz que foram queimados documentos incriminatórios importantes, mas nada, absolutamente nada foi comprovado, apenas evidenciou-se a existência de cinzas e destroços por todos lados que somente foram trazidos com a chegada dos americanos e russos que não fazem parte da peça de acusação do proceso entregue pelo "Parquet"; o Sr. Procurador.
Afinal, ele seria apenas um Chanceler e presidente do Partido Nazista; ou seja. ele não passava de um mequetreque. Jamais foi pego, ou mesmo visto transportando armamentos debaixo dos braços (tipo pão francês) ou carregando pacotes de dinheiro nas cuecas.
Alguns relatos que citavam seu nome eram meros registros de co-réus, como alguns membros da Gestapo, os quais, por conseguinte, carentes de confiabilidade.
Outros relatos são de inimigos figadais - os denominados "Países Aliados" e assim longe de merecerem qualquer relevância para serem tomadas como fundamentos de acusação.
Alguns o acusam de ter invadido Paris e desfilado sob o Arco do Triunfo. Esta é mais uma acusação inventiva dos opositores. Ele apenas foi visitar seu cordial amigo o General De Gaule que infelizmente havia viajado para o sul da França. Ele então, teria apenas aproveitado a sua viagem para passear e fazer compras na Avenue de Champs Elisé com seus amigos. Qualquer outra conclusão é mera ilação ou meras conjecturas que atentam a qualquer inteligência mediana. Por aí, vemos que nada, contribui para a veracidade das acusações.
Não afasto a possibilidade dele ser o suposto mentor intelectual, mas nada, repito, nada consubstancia esta hipótese nos autos. E olha que procurei em mais de 1 milhão e 700 mil páginas em 10.879 pastas do processo.
E não podemos esquecer que ele foi vítima de diversos atentados que desejavam sua morte, articulados pela mídia e pelas potentes e inconformadas forças conservadoras. Seus ministros como Goebels, Himmiler, Rudolf Hess e outros também nada sabiam. Eram coadjuvantes do NADA; sem nenhuma responsabilidade de "facto".
O holocausto talvez tenha sido um suicídio coletivo ao estilo do provocado há anos nos EUA pelo Pastor Jim Jones. É, ainda hoje, um tema controverso. Assim trago aos pares, como contraponto, a tese defendida pelo filósofo muçulmano Almanidejah que garante a inexistência de tal desgraça da humanidade.
Assim - já estou me dirigindo para encerrar meu voto Sr. Presidente - afirmando acreditar que todos eles foram usados, trapaceados por algum aloprado tesoureiro de um banco alemão que controlava financeiramente a tudo e a todos; especialmente os projetos políticos e as doação corruptivas. E tudo em nome da realização de um plano maquiavélico individual de domínio total que concebeu e monitorava do porão da sua pequenina casa nos Alpes.
"Enfim, depois de exaustivas e minuciosas vistas nos autos, especialmente nos finais de semana, trago aos pares novos dados que peço ao meu colaborador Adolfo para distribuir a todos. Depois desta minha "assentada" declaro a improcedência da ação, inocentando por completo o réu por falta de provas. É como voto Sr. Presidente."
Qualquer semelhança deve ser entendida como mera coincidência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário