quarta-feira, 16 de abril de 2014

Porto de Mariel utilizado para tráfico internacional de armas.

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Porto que o Brasil entregou a Cuba já faz tráfico internacional de armas – O cargueiro norte-coreano descarregou em Puerto Madre, mas recebeu carga de armamentos e material bélico em Puerto Mariel, o porto financiado pelo dinheiro público brasileiro do BNDES. Mísseis e caças Migs escondidos sob carga de açúcar foram flagrados pelas autoridades alfandegárias e militares panamenhas.
Em janeiro deste ano, a presidente Dilma Rousseff esteve na ilha dos irmãos Castro para a inauguração oficial do terminal portuário do Porto de Mariel, em Cuba. A obra ganhou o noticiário nos últimos meses porque o governo brasileiro concedeu, via BNDES, um empréstimo de nada menos que R$ 682 milhões à Cuba para assegurar a obra – dois terços do valor total estimado para o porto. Além disso, os detalhes da transação foram estranhamente mantidos em sigilo, como escreve Gabriel Castro, emhttp://www.veja.com.br.
Mas a história não acaba aí, escreve Castro: "Um relatório elaborado por um painel de especialistas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que Cuba utilizou o Porto de Mariel para abastecer com 240 toneladas de armamento e material bélico um navio norte-coreano, em descumprimento a sanções internacionais contra o regime totalitário da Coreia do Norte. A operação, realizada há menos de um ano, fracassou porque a carga secreta foi descoberta por autoridades do Panamá, já no caminho de volta à Ásia".
http://www.dcomercio.com.br/getattachment/ee10682d-859c-4d88-9616-82276c66e575?width=0&height=0
Acima, peças dos caças MIG- 21 apreendidos no Panamá. O deputado Fernando Capez (PSDB-SP) questiona financiamento do BNDES. / Ismael Francisco/ Cubadebate 
        Por causa do flagrante, foi possível reconstituir a rota do navio desde 4 de junho, quando cargueiro Chong Chon Gang parou em Havana e descarregou rodas automotivas e outros produtos industriais até 22 de junho, quando o Chong Chon Gang chegou a Puerto Padre, onde recebeu açúcar para esconder armas.
           A maior parte da carga embarcada em Mariel era formada por componentes que seriam usados em mísseis terra-ar, dos modelos C-75 Volga e C-125 Pechora.
Dois caças MiG-21, desmontados, estavam no carregamento. Muita munição foi encontrada. Também havia lançadores de mísseis, peças de radares, antenas, transmissores e geradores de energia.
O deputado estadual paulista Fernando Capez (PSDB), que moveu ação questionando financiamento do BNDES ao Porto Mariel, diz que sua iniciativa é ainda mais pertinente após a divulgação do relatório do Conselho de Segurança da ONU apontando o embarque das 240 toneladas de armamento no navio norte-coreano a partir do Porto de Mariel, em junho de 2013.
Alegando ilegalidade e inconstitucionalidade, Capez pede que o empréstimo já feito seja declarado nulo, o dinheiro devolvido e que seja concedida liminar para evitar novos financiamentos. E solicita que seja dada, por liminar, ampla publicidade às circunstâncias dessa operação, declarada "sigilosa" por determinação do Poder Executivo.

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