Na expectativa de receber ainda nesta semana um atestado de “nada consta” por parte do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, já prepara uma estratégia de comunicação para explicar as denúncias que pesam contra ele. A ideia é dar uma entrevista para um canal de TV de grande audiência, em horário nobre, logo após a manifestação de Gurgel.
Palocci combinou com a presidente Dilma Rousseff que só vai romper o silêncio depois do parecer de Gurgel, previsto para quinta-feira, a fim de não melindrar o chefe do Ministério Público. Se tudo correr como o script traçado pelo Palácio do Planalto, sem a abertura de investigações, o ministro da Casa Civil pretende circunscrever a crise e as acusações de enriquecimento ilícito a mais um capítulo do que o governo chama de “conflito político”. (Estadão)
COMENTÁRIO DE REINALDO AZEVEDO: (…) não vai dar em nada. Aliás, eu diria que Gurgel já falou demais. Acabou se comprometendo, sem querer, claro!, com a Operação Blindagem. Virou, assim, uma espécie de “Amenizador-Geral da República”. Fez mal. Nessas coisas, o silêncio sempre é a melhor opção. Ao afirmar que não via até ali motivos para pedir qualquer investigação, parecia que dava um atestado de idoneidade ao protagonista de um caso, para dizer pouco, muito especial. Vejam bem: a gente já sabe como Palocci engordou seu patrimônio 20 vezes - isso considerando apenas os imóveis: foi com a grana da consultoria. Até esse ponto, não se sai do lugar. O busílis é que consultoria era essa e para quem. E se foi concedida a clientes diretamente relacionadas a assuntos sobre os quais ele, como deputado, legislou ou, depois, como ministro, atuou?
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