Gesto é em represália à não-extradição do ex-ativista, condenado pela morte de quatro pessoas
No O Dia-Online:
Rio - O governo italiano, inconformado com a recusa da extradição do ex-ativista Cesare Battisti pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em represália, bateu o martelo e decidiu que sua delegação não virá aos Jogos Mundiais Militares, que se realizarão no Rio dos dias 16 a 24 de julho. A decisão já foi comunicada aos organizadores do evento.
Logo após o desfecho do julgamento de Battisti, que acabou libertado pelo STF, no dia 9, o governo italiano chegou a falar até em boicotar a Copa do Mundo no Brasil em 2014, hipótese também não descartada. A Itália, agora, se prepara para ir ao tribunal internacional de Haia para conseguir a extradição de Battisti.
O ex-ativista, de 55 anos, integrou o grupo Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), braço das Brigadas Vermelhas, grupo armado mais ativo durante a onda de violência política que atingiu a Itália quatro décadas atrás. Ele foi condenado à prisão perpétua no seu país pelo assassinato de quatro pessoas.
Battisti permaneceu como refugiado político na França até 2004, ano em que fugiu ao Brasil quando o governo de Paris ameaçou revogar essa condição para entregá-lo à Itália. Ele foi preso em março de 2007 no Rio, onde esteve foragido três anos. A Itália pediu sua extradição ao Brasil, mas no ano passado, o então presidente Lula negou a solicitação.
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