quarta-feira, 1 de junho de 2011

A trajetória de um gigante financeiro

     Nascemos no sopé de uma montanha. Alguns por deficiências congênitas ou por diversas razões, num buraco no sopé.
     O buraco pode ser maior ou menor, depende da fatalidade que acompanha o nascituro.
     A partir do sopé, iremos crescendo e galgando a montanha na esperança de, seguindo acima e avante, alcançar alturas melhores, o que significaria um avanço, tanto no crescimento como na obtenção de conhecimento, de bem estar, de riquezas, de amizades, enfim de vida.
     Cada indivíduo pois, traça o seu caminho. Basta seguirmos a trilha deixada por um cidadão para verificarmos a trajetória de sua vida pessoal.
     As trilhas se multiplicam, desde as vergonhosas até as mais brilhantes. Podemos ter uma trilha maravilhosa e, no entanto o seu responsável não chegou ao topo, parou numa certa altura, mas quando analisamos a sua luta, o seu esforço e a sua dedicação, não titubeamos em cumprimentá - lo, eis um grande homem.
     Outros vão longe, e muito, no topo ou quase.
     Como sempre, a dimensão da criatura poderá ser avaliada quando analisamos a sua trilha.
     O Palocci foi longe. Para muitos, longe demais.
     Isoladamente, juram seus inimigos, ainda estaria no início da montanha. Nas asas do PT recebeu um estrondoso impulso, e lá foi ele, aos píncaros.
     Na sua trilha, aqui e acolá montículos ou grandes montes de fedorentos excrementos.
     Palocci nunca se importou com o mau cheiro, e seguiu em frente.
     Em cada montículo obrado um bilhete esclarecedor.
     Temos os montículos de quando foi prefeito de Ribeirão Preto, acusado de receber propina de uma empresa que teria favorecido em licitações da prefeitura; ainda em Ribeirão Preto, o montículo por fraude das cestas básicas; sem contar o montículo da empresa G Tech; tem o montículo do mensalão; tem o caso do Francenildo, e agora o montículo do enriquecimento a jato, e sem maiores delongas, simples assim.
     Todos os montículos exalam forte mau - cheiro. O Palocci sobe, mas o estrago fica.
     Não fosse um bando de amigos, Palocci poderia estar atrás das grades.
     Seus amigos são leais, poderosos e imbatíveis. Atuam em frentes de combate. Acionam todas as armas de defesa e circundam seu apadrinhado com uma barreira intransponível de proteção.
     Na verdade, eles possuem a experiência, as ferramentas e sabem como anular, eliminar e desmoralizar qualquer acusação e usam odores deleitantes para disfarçar a fedentina de seus montículos.
     Atualmente, alguém mais uma vez está gritando, “olha o que o Palocci fez”.
     Deve ser um inimigo, um desclassificado que insiste em denegrir a brilhante trajetória do novo Midas rumo às estrelas.
     Quanto ao mau – cheiro, quem está acima não sente (?), mas quem esta abaixo, valha – nos Deus.
Brasília, DF, 31 de maio de 2011
Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

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