“glória” sem fundamento
Por Ernesto Caruso:
"Eles foram exilados por haverem se atrevido a desejar um Brasil independente. Na nossa história, muitos tiveram que se exilar por desejar também liberdade e democracia.”
“Os brasileiros e brasileiras que, como eu, sofreram na pele os efeitos da privação de liberdade sabem o quanto a democracia institucional faz falta quando desaparece."
Palavras da “presidenta” no dia 21 de abril de 2011 nas cerimônias em homenagem ao Mártir da Independência em Ouro Preto, MG; inoportunas, narcisistas, de auto-absolvição, “inocentes” e presunçosas como o fariseu do templo ao se proclamar o justo e, estando de pé, orava consigo: "Ó Deus, graças Te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano. (Lucas 18 – 11)"
Soberba e vaidade ao se comparar àqueles heróis.
Há que se concordar com parte do texto, pois era essa a vontade dos mentores e encorajados patriotas ainda em preparativos, pregação e arregimentação para a Conjuração Mineira, pois lá nas terras alterosas emergiam os anseios de independência desta Nação chamada Brasil dos colonizadores portugueses.
Sob a ótica da liberdade, pugnavam pela ruptura com a dominação d’além mar, mas não se entendiam, nem se concebiam como inconfidentes, infiéis, mas plenos de identidade com a pátria que se formava; gentios e não gentios se mesclavam e se irmanavam; bateias, diplomas, desenvolvimento e poder construíam estruturas não submissas.
O passado da “presidenta” e dos seus colegas terroristas, guerrilheiros é muito diferente. Como se sabe, estavam alinhados com as posturas do mundo comunista d’além Muro de Berlin e Cortina de Ferro, e com as lições de Luiz Carlos Prestes de empunhar armas contra o Brasil se em luta contra a Rússia de então, sem vínculos com o “Longe vá temor servil; Ou ficar a Pátria livre, Ou morrer pelo Brasil.”
Tiradentes morreu pelo Brasil, brava gente que lutou pela Pátria livre, não para subjugá-lo a outro estado e adotar a soberania relativa do modelo soviético, vontade dos que fizeram a Intentona Comunista de 1935, explodiram o Aeroporto de Guararapes em 1966, estabeleceram focos de guerrilha no Araguaia, Registro e Caparaó e tantas atrocidades.
Ato corajoso ou covarde em colocar uma bomba no Aeroporto para matar um, somente um, dentre os 300 que lá estavam? Não era uma tropa fardada a ser combatida. Não há glória no currículo de qualquer um que tenha participado desse crime.
Com acertos e erros o Brasil atravessou o mar vermelho de sangue das tormentas comunistas que se alastraram, e com a participação da sociedade, se fez uma Lei da Anistia para pacificar todos os envolvidos, certos ou errados nos seus propósitos.
Mas, a “presidenta” não deixa de aproveitar toda a oportunidade de se auto-elogiar da “dignificante” participação no que era Vanguarda Armada Revolucionária Palmares, VAR-PALMARES, sem citar o nome da organização, repete-se como vítima de perder a liberdade.
No entanto, pretende que as Forças Armadas se calem sobre essa “glorificada” ação guerrilheira/terrorista. Lamentavelmente tem conseguido, além de perseguir o objetivo da Comissão da Verdade para mais uma vez mentir.
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