Por Graciliano Rocha e Rodrigo Vargas, na Folha:
Cortes de gastos estão paralisando os barcos da Polícia Federal responsáveis pelo patrulhamento dos rios que ficam em rotas de entrada de armas e drogas no país. A Folha revelou ontem que os cortes no Orçamento do governo têm afetado diversas ações nas fronteiras. Em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira com Paraguai e Argentina, a Delegacia de Polícia Marítima está trabalhando com um regime de cotas de combustível que reduziu à metade, em relação ao fim de 2010, as operações de patrulhamento com 20 lanchas, segundo policiais ouvidos pela reportagem. O rio Paraná e o lago de Itaipu são considerados zonas críticas. Como a ponte da Amizade tem uma vigilância ostensiva, criminosos cruzam o rio e o lago para escoar armas, drogas e cigarros. É comum a travessia ocorrer durante a madrugada em pequenas embarcações que atracam rapidamente na margem brasileira para deixar o carregamento ilegal. Um outro vazio de fiscalização está no rio Uruguai, que separa a Argentina do Rio Grande do Sul. A região é considerada pela PF um entreposto alternativo para drogas e armas ao mercado consumidor brasileiro. Os cerca de 600 quilômetros de rio contam com a vigilância de apenas três embarcações -duas em Uruguaiana e uma em São Borja. Policiais das duas delegacias relataram à Folha que os cortes reduziram operações.
Cortes de gastos estão paralisando os barcos da Polícia Federal responsáveis pelo patrulhamento dos rios que ficam em rotas de entrada de armas e drogas no país. A Folha revelou ontem que os cortes no Orçamento do governo têm afetado diversas ações nas fronteiras. Em Foz do Iguaçu (PR), na fronteira com Paraguai e Argentina, a Delegacia de Polícia Marítima está trabalhando com um regime de cotas de combustível que reduziu à metade, em relação ao fim de 2010, as operações de patrulhamento com 20 lanchas, segundo policiais ouvidos pela reportagem. O rio Paraná e o lago de Itaipu são considerados zonas críticas. Como a ponte da Amizade tem uma vigilância ostensiva, criminosos cruzam o rio e o lago para escoar armas, drogas e cigarros. É comum a travessia ocorrer durante a madrugada em pequenas embarcações que atracam rapidamente na margem brasileira para deixar o carregamento ilegal. Um outro vazio de fiscalização está no rio Uruguai, que separa a Argentina do Rio Grande do Sul. A região é considerada pela PF um entreposto alternativo para drogas e armas ao mercado consumidor brasileiro. Os cerca de 600 quilômetros de rio contam com a vigilância de apenas três embarcações -duas em Uruguaiana e uma em São Borja. Policiais das duas delegacias relataram à Folha que os cortes reduziram operações.
COMENTÁRIO: A campanha do desarmamento, que ganhará, como sempre, a adesão dos bacanas bem-pensantes do Brasil — algumas das estrelas andam com seguranças… — transforma a segurança pública numa responsabilidade a um só tempo coletiva (de todos os brasileiros) e individual (entregue a sua arma). O estado, que, constitucionalmente, detém o monopólio do uso da força, exime-se. O gerente desse estado é o governo. É ele quem define as prioridades.
Como se vê, consumiremos energia, tempo e dinheiro recolhendo garruchas enferrujadas, enquanto as fronteiras, por onde entram as armas e as drogas, continuarão ao deus-dará.
Aí indagam alguns: “Reinaldo, é melhor ter menos armas ou mais armas?” A pergunta, lamento!, não faz sentido. É melhor ter menos armas nas mãos de bandidos. Nas mãos de homens de bem, no que respeita à coletividade, tanto faz; no que lhe diz respeito em particular, nenhum estado, que eu saiba, é tão autoritário a ponto de satanizar a autodefesa.
A campanha não piora a segurança pública, é evidente! Em si, ela não é um mal. É apenas inócua. Como substituta, no entanto, de um efetivo programa de vigilância de fronteiras e de repressão ao tráfico de drogas e de armas, aí, sim, trata-se de um malefício e tanto! Ela é o símbolo da omissão do estado e da culpabilização do indivíduo.
O governo sabe o que faz cair o número de homicídios. Quem pode lhe ensinar o caminho é São Paulo, que derrubou esse índice em quase 80% em 12 anos: prender bandido.
Como se vê, consumiremos energia, tempo e dinheiro recolhendo garruchas enferrujadas, enquanto as fronteiras, por onde entram as armas e as drogas, continuarão ao deus-dará.
Aí indagam alguns: “Reinaldo, é melhor ter menos armas ou mais armas?” A pergunta, lamento!, não faz sentido. É melhor ter menos armas nas mãos de bandidos. Nas mãos de homens de bem, no que respeita à coletividade, tanto faz; no que lhe diz respeito em particular, nenhum estado, que eu saiba, é tão autoritário a ponto de satanizar a autodefesa.
A campanha não piora a segurança pública, é evidente! Em si, ela não é um mal. É apenas inócua. Como substituta, no entanto, de um efetivo programa de vigilância de fronteiras e de repressão ao tráfico de drogas e de armas, aí, sim, trata-se de um malefício e tanto! Ela é o símbolo da omissão do estado e da culpabilização do indivíduo.
O governo sabe o que faz cair o número de homicídios. Quem pode lhe ensinar o caminho é São Paulo, que derrubou esse índice em quase 80% em 12 anos: prender bandido.
O resto é conversa mole. (Reinaldo Azevedo ).
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