“Em decorrência da investigação iniciada pela Polícia Federal sobre sua suposta participação nos atos de depredação do Itamaraty, Pedro Piccolo Contesini, membro da Executiva Nacional Provisória da Rede Sustentabilidade, pediu nesta tarde o afastamento do cargo até que os fatos sejam apurados. A Executiva Nacional Provisória acata e respeita a decisão de Piccolo”.
Esse é trecho de uma nota da direção nacional da Rede, partido de Marina Silva. O tal Piccolo é o rapaz que foi flagrado com a cara coberta e uma barra de ferro na mão no dia 20 de junho, durante os atos de depredação do Palácio do Itamaraty. É aquele que disse ter usado a barra para “se defender” e para “pressionar diferentes pontos de uma estrutura de ferro” do edifício porque estava muito “excitado”. Um Piccolo excitado. Não sei o que quer dizer esse negócio, vazado em marinês castiço…
Chamo a atenção, na nota, para o trecho que fala numa “suposta participação nos atos de depredação”… Suposta? Ele confessou. É que, na sua novilíngua, “pressionar pontos da estrutura” com barra de ferro não é depredar. Um dos vícios dos partidos tradicionais, dona Marina Silva, é o eufemismo…
Um tipo desses é membro da, nada menos, “Executiva Nacional” do novo partido, que vem a ser a instância máxima da legenda. A gente imagina o ânimo vigente nas instâncias mínimas, não é?, naquelas que se sentem ligadas à legenda apenas pela comunhão internética, sem maiores compromissos…
Definitivamente, a política de Marina Silva não me seduz. Acho que posso ser mais preciso: a política de Marina Silva não me engana.
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