O Exército Argentino será comandado pelo polêmico
e controverso general-de-divisão César Milani Foto - Clarin
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Duas
semanas após a presidente Cristina Fernández de Kirchner ter trocado o ministro
da Defesa, substituindo Arturo Puricelli pelo ideólogo Agustín Rossi, que
liderava o bloco governista na Câmara dos Deputados desde 2005.
E
após o novo ministro Rossi ter afirmado que não seriam alterados os comandos
das Forças Armadas da Argentina a presidente Cristina Kirchner anunciou a troca
na quarta-feira (26JUN13), de toda a cúpula militar das Forças Armadas da
Argentina. Foram substituídos os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica
e o chefe do Estado-Maior Conjunto.
O
Exército será comandado pelo general-de-divisão César Milani, no lugar do
tenente-general Luis Alberto Pozzi. Na Marinha, assume o comando o
contra-almirante Gastón Fernando Erice, no lugar do almirante Daniel Alberto
Enrique Martin. E na Força Aérea, o brigadeiro Mario Miguel Callejo ocupará o
posto do brigadeiro-general Normando Constantino.
O
novo chefe do Estado Maior Conjunto será o general-de-brigada Luis María
Carena, que substituirá o brigadeiro Jorge Alberto Chevalier, há dez anos no
cargo.
O
impacto das mudanças anunciadas pela Casa Rosada e o ministro da Defesa Agustín
Rossi geram um efeito nas Forças Armadas similar a um tsunami.
O
Ministério de Defesa, publicou na sua edição desta sexta-feira (28JUN13) a
Resolución 28/2013, publicada no “Boletín Oficial”,que determina a passagem
obrigatória para a reserva de Oficiais-Generais Superiores do Exército, da
Armada e da Fuerza Aérea (FAA), devido a uma nova integração em cada uma das
estruturas das três Forças e do Estado-Maior Conjunto.
Assim
passaram para a Reserva:
·
Ejército: 9 Oficiais-generais;
·
Armada: 14 Almirantes; e
·
Fuerza Aérea: 11 Brigadeiros.
Após
este tsunami o pior ainda está por vir para as Forças Armadas e a Argentina. A
incorporação das unidades de AGIT-PROP La Cámpora, entidade criada e mantida
pelos governos Kirchner para mobilizações e atacar aos “inimigos” do governo
“K”, no ministério da Defesa.
O
segundo impacto e mais devastador ainda é a nomeação do polêmico
General-de-Divisão César Milani, que muitos consideravam com o comandante “del
Ejército de Facto” e não o Tenente-general Luis Alberto Pozzi.
Mantido
e apoiado pela ex-ministra Nilda Garré, o General Milani coordenava a área de
inteligência militar do Exército Argentino. Esta área tem sido usada pelo
General Milani e Nilda Garré para investigar os meios castrenses, em busca de
opositores ou daqueles que discordam, do atual governo.
Tradicionalmente
nas Forças Armadas os que comandaram a área de inteligência não chegam ao
comando da Força. O oficial nomeado como Subdirector General de Inteligencia
del Ejército, o General de Brigada Walter Ovidio TEMPERINI, certamente estará
sob supervisão direta de Milani.
Também
interessante é que na noite de quinta-feira (27JUN13), a presidente Cristina
Kirchner recebeu o marxista radical e tutor do presidente boliviano Evo
Morales, o vice-presidente Alvaro Garcia Linera. Reflexos das movimentações
bolivarianas continentais e as marolas provenientes das manifestações no
Brasil.
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